Gilnei Castro Müller, filho de humildes agricultores-, nasceu em 25 de janeiro de 1950, em um lugarejo conhecido como Passo do Vieira próximo ao Passo das Pedras de Cima, no interior de Pelotas, situado na divisa do atual município de Morro Redondo e Cerrito, no estado do Rio Grande do Sul, o qual está localizado no sul do Brasil. Até a idade de dezoito anos viveu com seus pais e irmãos e teve condições de estudar e concluir até o quinto ano primário. No ano de 1969 ingressou nas fileiras do Exército Brasileiro, já como soldado e após cumprir o serviço obrigatório inicial é que foi ter condições de reiniciar os estudos, durante o horário noturno, com esforço e abdicando de horas de descanso e lazer, conseguiu concluir com êxito o curso ginasial, ainda em vigor naquela época. No ano em que concluiu a terceira série ginasial fora aprovado no concurso para o Curso de Formação de Sargentos do Exército, em 20 de dezembro de 1974, após vencer todas as etapas, na Escola de Instrução Especializada e na Escola de Comunicações do Exército, ambas localizadas na cidade e estado do Rio de Janeiro, fora promovido a graduação de 3º Sargento na qualificação de Manutenção de Comunicações. Em dezembro de 1979 concluiu com aprovação o Curso Científico de Análises Químicas à nível de segundo grau. Na carreira militar passou por todas as graduações e em 1º de dezembro de 1997, por merecimento, devido a sua dedicação na área técnica e profissional, alcançara o primeiro posto do oficialato. Em 1º de dezembro de 2000 recebera a promoção ao posto de 1º tenente. Finalmente em 1º de dezembro de 2004 alcançara o posto de capitão, passando em seguida para a reserva remunerada, após mais de trinta e cinco anos de serviços prestados à Pátria Brasileira. Em janeiro de 2007 enfrentou o terceiro vestibular para UFSM quando fora aprovado para o Curso de Geografia Bacharelado e assim esse ano começará a partir de abril uma nova etapa de sua vida como aluno de um curso universitário.
Apesar das dificuldades que enfrentou, sempre apreciou a leitura e os estudos, considerara os livros como se fossem seus grandes amigos, tendo aos quinze anos, por sua iniciativa adquirido para leitura e estudo um exemplar da bíblia, “Sagradas Escrituras de Confissão Luterana” , que somente descansou quando leu o texto da sua última página.
Mais tarde lhe causou certa desconfiança da veracidade do texto bíblico, pelas consideráveis diferenças que pôde constatar entre a primeira que leu e os outros exemplares que teve em mãos, que eram adotadas por outras seitas religiosas. Mas mesmo assim, com suas dúvidas e desconfianças, até a idade dos vinte e cinco anos se manteve religioso e até certo ponto “crente” e costumava rezar um “Pai Nosso” todas as noites ao se preparar para dormir, costume esse que lhe fora transmitido pela primeira professora primária que era católica fervorosa e todos os dias de aulas antes da entrada para sala, a oração da “Ave Maria” era obrigatória para toda a turma, que ela acompanhava de perto, impondo a sua autoridade aos alunos rebeldes, destacadamente aqueles que não gostavam de seguir os ditames da religiosidade convencional.
Então, somente após os seus vinte e cinco anos de vida é que lhe foi oportunizado a leitura e os estudos das primeiras obras dedicadas a vida espiritual, que de certa forma, lhe causaram uma profunda reflexão, uma verdadeira reação íntima sobre os conceitos que mantivera até então com respeito aos ensinamentos religiosos, comparando-os com os referentes às Leis Espirituais, que eram a primeira vista “revolucionários”. Quando ele tomou a decisão de abandonar todos os hábitos de sua vida ligados às religiões convencionais, muitos até o tomaram por louco, incluindo os próprios pais e alguns parentes, outros atribuíram “ironicamente” que fosse esgotamento mental por excesso de estudos e a constante leitura de muitas obras paralelas que costumava realizar. Mas nada disso acontecera, ele nunca estivera tão lúcido como naquele momento em que tomara aquela decisão de varrer de sua mente tudo que estivesse ligado aos “convencionalismos religiosos”, que antes lhe haviam imposto como opção única, desde a mais tenra idade.
E hoje após muitas lutas e obstáculos vencidos, quando em 25 de janeiro de 2007, completou os seus cinqüenta e sete anos de vida física, aquele “humilde buscador da verdade”, encontra-se relativamente feliz por ter tido condições para chegar ao caminho da espiritualidade, por todas as amizades que conseguira conquistar durante a sua trajetória terrena e por ter tido a oportunidade de encontrar uma esposa, companheira e amiga e com ela ter constituído um lar ao qual vieram cinco queridos filhos e depois três lindas netas e por último no dia 5 de abril de 2004, o primeiro neto que recebeu o nome de Eduardo. Também se considera feliz por ter conseguido reunir os conhecimentos necessários e possíveis para elaborar esta obra poética, que é dedicada a todas as criaturas do seu convívio e as mais afastadas dos mais longínquos rincões de norte a sul do nosso imenso país. A partir de agora, todos que realizarem a leitura desta obra terão outra visão sobre os sentimentos e pensamentos íntimos do autor. Que cada palavra, linha ou verso destas poesias possam de alguma forma levar mais luz e compreensão espiritual aos seus queridos leitores e amigos. Assim sendo, todo este trabalho é dedicado com apreço e carinho, para os seus queridos familiares, amigos leitores e companheiros de busca, que ainda se encontram na situação de “buscadores da verdade”. Até o último instante da vida terrena, através da luta íntima e até do sofrimento físico e moral, queiramos ou não, todos nós como Espíritos encarnados em constante evolução, de plena posse de um corpo físico, somos simples buscadores da verdade, no sentido de colher algum ensinamento, algum aperfeiçoamento, alguma experiência a mais, para as nossas respectivas bagagens espirituais que serão armazenadas para a eternidade !
Março de 2007.
OS EDITORES
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